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16 de Abril de 2024
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    II Conferência Nacional da Mulher Advogada se consagra como maior evento do gênero

    há 7 anos

    Com a presença de 2.500 advogadas inscritas a II Conferência Nacional da Mulher Advogada foi encerrada, nesta terça-feira (29/11). O presidente da OAB/MG, Antônio Fabrício Gonçalves, agradeceu a presença de todas e disse “vocês sonharam, ousaram e fizeram a maior conferência de mulheres advogadas do mundo”.

    A vice-presidente da seccional, Helena Delamonica, disse que “cada uma das participantes teve oportunidade de ouvir e debater temas de relevância. Na qualidade de difusora e portadora de conhecimentos faremos uma transformação”.

    A presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Eduarda Mourão, anunciou os nomes das advogadas vencedoras do concurso de artigos científicos promovido pela comissão. Os artigos foram reunidos em um livro “Direitos das Mulheres: Cidadania e Igualdade de Gênero”, que estará disponível para download no site da OAB Federal.

    A palestra magna de encerramento foi proferida pela empresária e pesquisadora, Maria Alice Schuch, que disse estar impressionada com o tamanho do evento e destacou a presença dos homens no evento. “Somente grandes homens são capazes de entender a grandeza da inteligência das mulheres e com elas interagir”, afirmou. Maria Alice disse que a história não foi amiga das mulheres e salientou a importância da busca pela autonomia legal, econômica e profissional das mulheres.

    Palestras

    O primeiro painel sobre A proteção dos direitos da mulher e os meios de comunicação discutiu como a internet e as redes sociais disseminam e ampliam comportamentos que denegrirem a imagem da mulher. “As mulheres são julgadas e condenadas por uma simples publicação online, principalmente, de caráter íntimo”, afirmou a advogada e professora especialista em Direito Digital, Camilla do Vale Jimene. De acordo com relatório da ONU, 73% das mulheres conectadas já sofreram violência online.

    A diretora do Instituto Paixão, Jacira Melo, mostrou como a cobertura da mídia e o senso comum seguem reproduzindo a violência de gênero, que pode resultar no feminicídio. Jacira apontou a responsabilidade social da mídia, que possui um papel estratégico na formação de opinião e percepção da população ao influenciar crenças e comportamentos. “A partir de um monitoramento da imprensa foi possível identificar como as manchetes de crimes contra a mulher sempre buscam justificar e autorizar o crime com narrativas de culpabilização da vítima”, ressaltou.

    Inovações e gestão na advocacia foi tema do segundo painel e reforçou a importância de uma visão de gerenciamento nos escritórios de advocacia e a busca por uma gestão estratégica, tática e operacional, além de destacar a importância do planejamento em todo o processo. "A inovação pode vir de simples mudanças, como na forma de tratar o cliente”, exemplificou a consultora especializada na Gestão de Serviços Jurídicos, Lara Selem. O membro da Comissão de Juristas que assessorou na elaboração do Novo Código de Processo Civil na Câmara dos Deputados, Dierle Nunes, falou sobre as mudanças do sistema recursal do novo CPC e esclareceu que a função do advogado não é o de oferecer defesa técnica, mas o de promover a individualização do caso do seu cliente.

    O último tema foi “discriminação de gênero e violação de prerrogativas no exercício profissional”. O presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, Jarbas Vasconcelos do Carmo, apresentou algumas violações de prerrogativas por gênero; pontuou sobre a revista vexatória de delegacias de polícia, presídios e tribunais e destacou o recorrente abuso de autoridade praticado pelos servidores contra a mulher advogada. Jarbas afirmou que “é recorrente o assédio moral às mulheres advogadas, por isso é preciso ter um local em que elas tenham segurança e possam relatar os abusos sofridos, de juízes, servidores e até ministros”.

    A advogada Annete Cardoso Rocha, ganhadora o Premio Innovare na categoria Advocacia, foi homenageada na mesma data em que comemorou 95 anos (29/11). A presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB, Eduarda Mourão, lançou a cartilha Retenção de talentos femininos nas Sociedades de Advogados.

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